Estava eu refletindo, flutuando em meus pensamentos até que em uma alucinada história eu encontrei-me.
Na minha imaginação eu pude vivenciar essa situação: Estava em um quarto escuro e eu não podia enxergar nada, nem ao menos minhas próprias mãos diante do meu rosto...
Aquele breu parecia cobrir-me de tal forma, que uma angústia chegava a me pertubar.
Eu ali não via meu rosto, nem minhas roupas, meus defeitos estavam ali escondidos e permaneciam camuflados junto as trevas.
Até que em um relance a porta daquele quarto se abriu e junto uma luz veio trazer uma breve iluminação para o meu ser.
Pude então enxergar minhas mãos, e o meu rosto já não parecia tão desconhecido. Eu ficava feliz, e para mim já tinha o suficiente para enxergar, não precisava de mais nada...
Até que uma voz tremenda invadiu aquele quarto, e me disse que queria iluminar aquele lugar por inteiro, e eu sabia... era Deus.
O meu Redentor queria irradiar sua luz totalmente sobre mim, e tirar toda a escuridão daquele meu quarto que não tinha vida.
Mas exitei, pois a cada passo rumo a luz eu me via, e podia enxergar todos os meus defeitos.
Naquela ocasião eu podia ver através do físico, a minha alma estava sendo exposta e isso acontecia naquele misterioso aposento.
Era lindo ver tudo esclarecido tudo agora parecia tão nítido...
Mas o meu medo continuava presente e um pedacinho de mim eu escondia, deixando o meu viver encoberto pelo pouco de escuridão que sobrara após a chegada da magnífica luz. E então eu entendi que o meu anseio era ser iluminada mas para que houvesse mudança efetiva, a luz de Deus precisava me cobrir inteiramente, não importando se eu tivesse defeitos e muito menos se eu tivesse qualidades.
Por isso ao desligar-me do meu imaginário eu soube... quanto mais perto de Deus eu estiver mais iluminada eu poderei ser, e a cada passo ao encontro de Jesus, é um passo contra o meu orgulho, meu ego, é uma passo seguindo a santificação.
Por isso orei para que aquele quartinho que representava o meu coração, fosse iluminado por Jesus e que a luz de Deus permanecesse ali para sempre, mostrando-me o quão pequena eu sou, mas revelando aos poucos a grandiosidade daquele que me formou!
Juliana Rodrigues
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